#SOMOSTODOSGADO
Confesso que a princípio achei a ideia interessante, uma corporação de âmbito galático que utiliza planetas como se fossem pastos para a criação de raças, e que posteriormente passariam pela "colheita", processo pelo qual a "matéria prima", nós no caso, é "laçada" e transformada em um líquido que pode servir para todo tipo de aplicação, mais comumente utilizada como forma de garantir a longevidade.
Trama básica do filme contada, vamos a seus pormenores, e aí entram os problemas, a começar o grande clichê da "escolhida", nesse caso Júpiter, uma terráquea ferrada na vida que após ser salva por uma espécie de Vulcano albino, descobre que descende de uma linhagem real, a mesma que arrebanha planetas para sua colheita, isso tira um pouco do fator inovador do filme, mesmo qua a química existente entre Jupiter (Mila Kunis), e Caine (Channing Tatum), seja por demais interessante em alguns momentos
Agora passemos para os vilóes do filme, interpretados por Eddie Redmayne (Balem Abrasax), Douglas Booth (Titus Abrasax) e Tuppence Middleton (Kalique abrasax), Esse trio de irmãos, que se sentem ameaçados pela descoberta da nova herdeira, apresentam táticas diferentes para lidar com o problema, um quer se casar, o outro quer matar logo para acabar com o problema, e a terceira, que até agora procuro descobrir qual era seu papél na trama, se limita a ter um diálogo rápido com nossa protaginista.
Acho que já entreguei detalhes demais do filme para uma simples crítica, porém antes e passar para mais detalhes, temos que falar é claro, do cara que você torce para que não seja morto até o final do filme, Sean Bean, aqui interpretando um militar, antigo parceiro de Caine O velho clichê do veterano de guerra, porém, que não ajuda nem atrapalha o andamento do filme.
Eu falei dos vilões do filme aqui em cima, então para não perder o fio da meada, vamos lá. Eddie Redmayne é uma decepção em termos de atuação, nem de perto lembra o jovem que há alguns anos fez com que suores masculinos escorressem pelos meus olhos enquanto lamuriava sobre a perda dos amigos em Os Miseráveis, aqui, sua atuação limita-se a uma cópia do Poderoso Chefão com um pouco da rouquidão de Steven Seagal e uns trejeitos exagerados, como Michael Shannon em O Homem de aço. Porém, que no final se mostra uma redenção do ator, em seu último monólogo antes de.....
Enquanto aos demais, não há muito a se dizer, fazem bem o seu trabalho, dentro das limitações do roteiro.
Voltando ao casal protagonista, a química entre eles funciona em certos momentos, porém em outros soa tão enfadonha que lembro de ter começado a cochilar em meio a uma conversa entre os dois, numa espécie de romance forçado, tão comum nesse tipo de roteiro pós crepúsculo.
Em termos de efeitos visuais, por se tratar de uma ficção científica, o filme não faz feio em comparação com outras obras genéricas do gênero, chego até a mencionar O Homem de aço novamente, devido a sua estética agradável, porém, não tão diferente de tantas outras que nós já tenhamos visto.
Em suma, O Destino de Jupiter apresenta uma boa ideia, algumas boas atuações, outras completamente desastrosas ou desprezadas, um romance empurrado para o telespectador, apesar de química entre os protagonistas, efeitos visuais não tão impressionantes, um roteiro longe de ser irretocável, e momentos chatos, literalmente enfadonhos, nota 2.5
OBS: Os irmão Wachowski parecem ter se esquecido de como fazer um bom filme de ficção depois do aclamado Matrix (um filme que, sinceramente, não gosto), e, tem tentado desesperadamente emplacar algum filme supostamente original, eu recomendo que vocês, caros leitores assistam o filme A Viagem\ (Cloud Atlas, esse sim um exemplar de uma boa ideia, um bom roteiro e boas atuações), um filme inexpressivo nas bilheterias, mas, com um grande material, assistam!
