terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Star Wars episode 7 - O Despertar da Força
Temos aqui um filme que se divide entre prestar uma "homenagem" a trilogia que deu início ao já consolidado universo de Star Wars, e, ao mesmo tempo entregar algo novo e interessante ao espectador, devo dizer porém, que O Despertar da Força até consegue, mas, não está passível de falhas.
Antes de começar, como de praxe, um breve resumo da trama (possíveis spoilers). Trinta anos se passaram desde que o Império foi derrotado, porém, um grupo remanescente intitulado Primeira Ordem começa a se expandir novamente (o serviço de inteligência da república falhou miseravelmente), tendo no Líder Supremo snoke (Andy Serkys), como uma figura figura misteriosa por detrás de kylo ren (Adam Driver), numa espécie de modernização da relação Darth Vader com Imperador, que permeava a trilogia clássica.
Este último, fica incumbido de encontrar um mapa que permitiria a Primeira Ordem localizar Luke Skywalker (Mark Hamill), o "último" Jedi conhecido. Por outro lado, a nova Aliança Rebelde, agora sob o comanda da General Leia Organa (carrie fisher), também esta atrás de Luke, e aí temos o nosso prólogo. Iniciamos de fato com o piloto da resistência Poe Dameron (Oscar Isaac), se encontrando com um homem no distante planeta Jakku, este lhe entrega um drive contendo o tal mapa, porém, antes deste poder sair do planeta, a Primeira Ordem chega ao local, destrói tudo e captura Paul Dameron, mas, antes de ser capturado, ele consegue por as informações no Dróide BB-8, que parte para o deserto (isto soa familiar)?
Em seu caminho o dróide acaba por topar com Rey ( Daisy Ridley),uma catadora, sem família e que luta para sobreviver no deserto (por que não continuaram em Tattoine)?
Já no lado da Primeira ordem, o Stormtrooper Finn (Jonh Boyega), começa a duvidar acerca de seu dever após o massacre em Jakku, por fim ele acaba libertando Paul e os dois caem de volta no planeta. Situações levam Finn a se encontrar com Rey, os dois então fogem na velha Milennium Fallcon.
No espaço então, os dois acabam presos em um cargueiro espacial, onde Han Solo (Harrison Ford), e Chewbacca (Peter Mayhew), reconhecem a sua antiga nave.
Bom, trama básica dada, contar mais seria desnecessário além de demais para um filme que acabou de estrear, passemos aos quesitos básicos, em termo de trama, temos aqui Uma Nova Esperança 2.0, com elementos de O Império Contra Ataca e um final digno de O Retorno de Jedi (coincidência? Acho que não!), a termos de homenagem e revisita ao que tornou Star Wars o clássico que é,este filme está de parabéns, embora um pouco em demasia. Um dos pontos fortes da película esta justamente na relação familiar entre Kyle Ren e Han Solo, um link direto com o final de O Retorno de Jedi, porém invertido: Agora é o pai que quer trazer o filho devolta para a luz.
Tratando-se do novo trio protagonista, fico dividido, Rey fornece um personagem forte, que lá pro meio do filme se vê dividida entre o peso de seu destino e suas esperanças de reencontrar sua família e, além de bela, e uma personagem bem desenvolvida, embora tenha tenha sido um desenvolvimento um pouco rápido demais (Sessão descarrego, ela faz nos 30 minutos finais de filme o que tanto Luke quanto Anakim levaram 3 filmes para fazer, preguiça de roteiro ou apenas uma forma de estabelecer uma heróina de forma mais dinâmica)?
Quanto a |Finn e Poe, nada me agradou certas cenas de humor intencional e pastelão que lhe foram incumbidas. Poe (tremendamente Subaproveitado diga-se de passagem) tenta evocar o humor canastrão que Han tinha nos clássicos já citados aqui e acaba por condenar o personagem ao esquecimento (pensando bem, acho que até apareceu demais), já Finn, não convence como um
stormtrooper criado desde criança para a vida militar, quando a cada cena ele é forçado pelo roteiro a fazer uma gracinha (Por que a necessidade de piadinhas fora de hora Disney)?
Personagem analisados, passemos enfim ao grande ponto alto do filme, o visual. Anos de espera realmente valeram a pena, em especial nas sequencias de ação, o diretor J.J.Abrans as conduz de forma primorosa e dinâmica, a escolha de se incluir mais efeitos práticos nesta nova trilogia, certamente conta pontos a mais ao conferir um maior realismo as cenas, detalhe que foi esquecido na trilogia prequel.
Para concluir, Star Wars O Despertar da Força é um filme que evoca o lado mais sentimental do verdadeiro fã, entretem quem esta em busca de um bom filme de aventura,e apresenta um novo leque narrativo para um novo público, que anseia por um produto de qualidade no cinema.
NOTA: 4.3
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