terça-feira, 24 de maio de 2016

Capitão America: Guerra Civil

                            O Alvorecer do melhor filme da Marvel....Ou não.

             Capitão America: Guerra Civil (Captain America: Civil War), veio com uma missão árdua pela frente, a primeira consistia em teoricamente encerrar a "trilogia" do primeiro vingador, a segunda, de certo modo redimir o estúdio da ligeira decepção que foi Vingadores: Era de Ultron e, por fim, encaminhar o futuro do universo Marvel, ao menos a médio prazo, tendo em vista que os próximos lançamentos do estúdio bilionário, Doutor Estranho (segundo semestre de 2016), e Thor Ragnarok (2017), são filmes "independentes" da linha pós-Vingadores.
             Dada as devidas ressalvas contudo, devo dizer que Capitão America conseguiu galgar os seu status de um dos melhores filmes deste universo cinematográfico, embora caia em vícios já conhecidos pelos fãs.
             Como sempre, o plot básico desta película: Apos os eventos de Vingadores; Era de Ultron, a equipe dos Novos Vingadores, formada por Capitão America (Chris Evans), viúva Negra (Scarllet Johansson), Falcão (Anthony Mackie) e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), estão em uma missão em Lagos, na Africa, para impedir o roubo de armas químicas pelo vilão Ossos Cruzados (Frank Grillo). Os Vingadores conseguem derrotar o adversário, mas, Ossos Cruzados acaba por detonar uma bomba no local, fazendo com que vários civis percam suas vidas.
             Apos esse evento, o agora secretario de estado Thaddeus Ross (Willian Hurt), informa a equipe sobre os Acordos de Sokovia, um tratado estabelecido pela ONU para supervisionar a operação dos Vingadores pelo mundo. Como ha de se esperar, parte da equipe não concorda com a ação, você, caro leitor deve imaginar de quais personagens estou falando, porem, vale ressaltar que o lado a favor do registro é encabeçado por Tony Stark (Robert Downey Jr) que,tem sua decisão motivada por um sentimento de culpa, já que, de sua megalomania que nasceu o Ultron, vilão do filme anterior da equipe.
              Contudo, Capitão America: Guerra Civil não se sustenta apenas com esse iminete embate entre herois, algo mais minimalista e sério se desenrola nos bastidores numa trama mais minimalista e nem tão comercial, envolvendo o vilão Helmunt Zemo (Daniel Bruhl), Soldado Invernal (Sebastian Stan), Homem de Ferro, Capitão América e Pantera Negra (Chadwick Boseman), em dois arcos distintos, que se conectam no contexto geral da trama.
              Partindo para outros quesitos, temos novas e importantes aquisições para o universo cinematográfico da Marvel, o mais importante de todos e que, já nos deixa com aquele gostinho de quero mais, e o Homem Aranha (Tom Holland), que faz uma participação pontual no filme e, ja nos mostra tudo o que se pode esperar de um fã do aranha, bom humor, boas tiradas, personalidade marcante e boas sequencias de ação, devo ressaltar apenas como único ponto negativo, o claro CGI utilizado em determinadas sequencias do personagem porem, que não chegam a atrapalhar, outro destaque e a aparição do Pantera Negra, que faz parte de um daqueles subpontos apresentados acima, numa trama de vingança que não vale apena estragar aqui nestas mal traçadas linhas. Suas cenas em termos de ação são simplesmente impecáveis, seu uniforme também esta entre um dos mais fieis já transpostos das paginas dos quadrinhos para a tela grande, com o uso de  computação gráfica muito bem dosado.
             O outro lado da moeda porem, reservas decepções, a grande delas esta no vilão "Barão" Zemo, o ator que o interpreta pode ate entregar o suficiente que o personagem exige porem, suas motivações não são muito compráveis ou quando são, caem num clichê que inclusive já foi utilizado num filme anterior da Marvel, vilões, definitivamente, não são o forte do estúdio. Outro prejudicado e o personagem Everett K.Ross (Martin Freeman), que faz uma rápida aparição, num desperdício completo do ator. Este, contudo, pode ser considerado um ponto redimível do filme, tendo em vista que ele provavelmente aparecera no vindouro filme solo do Pantera Negra, assim como o personagem de Andy Serkis, introduzido em Vingadores: Era de Ultron.
             Um vilão descartável, duas excelentes adições, um ator desperdiçado e CGI irregular(embora as sequencias de ação a mascarem quase em sua totalidade), num balanço final digo com certeza que este e um filme que merece ser assistido, um deleite para os fãs deste ja consolidado universo mas que, não oferece muita coisa alem disso para que espera algo mais porem, que se destaca dos demais filmes da franquia quando oferece(e como se destaca).

Nota: 4,0